Por que decidi virar fotógrafa?
Nesse post eu vou compartilhar com vocês como foi minha transição de carreira de Coach para fotógrafa.
Atuei como Coach de carreira desde 2013, até tomar a decisão ano passado (2019), em me tornar fotógrafa profissional. Como coach eu realmente amava ajudar as pessoas a se encontrarem e se sentirem felizes em suas vidas profissionais. Quem já realizou alguma sessão comigo sabe que eu atuava nesse nicho por uma causa bem pessoal. Antes de me tornar coach, eu me sentia extremamente frustrada e vazia, pois não via nenhum propósito no que fazia, e o coaching surgiu como uma verdadeira salvação em minha vida. Sendo bem sincera com vocês eu realmente era apaixonada pela ideia de ajudar pessoas a evoluírem, se conhecerem e
realizarem sonhos, e além de tudo era possível ganhar pra isso. Em 2013 o coaching ainda era pouco conhecido no Brasil e muita gente nunca tinha nem sequer ouvido falar em coaching. Bom, alguns anos foram se passando e apesar de ter sido bem difícil no começo, comecei a ganhar meu espacinho na profissão. Só que quando isso começou acontecer o deslumbre com a “profissão de coach”, já havia passado para mim. Naquela época, percebi que meu crescimento estava desacelerando e que precisava encontrar novas maneiras de me desafiar profissionalmente e criativamente. Mas para ser honesta, eu sentia que meu tempo como coach estava chegando ao fim.
Entenda, eu amava o que eu fazia, e por mais maravilhoso que o coaching possa parecer saiba que toda profissão tem seu lado ruim. Em 2018 quando, eu já estava em uma fase de esgotamento profissional, o mercado do coaching também já estava passando por suas mudanças. Eu fui uma pessoa que aprendi e evolui muito, quase que imensuravelmente, atuando como coach, e nesse processo todo, eu trabalhei muito a questão REJEIÇÃO, que surgiu muito antes do coaching, aliás, muito antes de eu sonhar em ser qualquer coisa profissionalmente (mas esse é um assunto pra outra hora). Então em 2018 eu tive que lidar com isso de uma forma que mexeu muito comigo, um verdadeiro “BOOM” de piadas e difamações com os Coaches aqui no Brasil, e isso foi o estopim para a minha decisão. Eu me sentia ofendida e despedaçada por dentro com tanto ódio e preconceito gratuitos contra os coaches, que muitas vezes eram disseminados por pessoas que na verdade nem sabiam o que realmente é o processo de coaching. Mas isso tá na moda hoje em dia né? Disseminar ódio gratuito pelas redes sociais…
E não me entenda mal, eu me sentia assim não porque a "carapuça me serviu", muito pelo contrário, era por saber que assim como eu, que levava minha profissão muito a sério, que investi o valor de um carro de luxo em formações e especializações, via essas agressões se estenderem de forma generalizada aos profissionais da minha área, por culpa de picaretas que se dizem coaches. 
Entendam uma coisa, existem profissionais bons e ruins em qualquer profissão, se você se consulta com um médico ruim ou se você vê uma pessoa sem formação se intitulando médico, você atacaria a medicina no geral por culpa deles? Acredito que não né? Mas o coaching acabou se tornando uma piada para muitas pessoas, e eu podia lidar com todos os pesares, mas com isso não. Entrei em uma crise, pois se não coach, o que eu seria?
É meus amigos, “casa de ferreiro espeto é de pau…” e como coach de carreira e vocacional eu estava extremamente perdida em minha vida profissional. Mas eu tinha as ferramentas e no fundo, bem lá no fundo eu já sabia o que queria, mas não tinha coragem de seguir em frente com a ideia. Eu sempre tive um lado artístico e criativo aflorado em mim, mas nunca nem sequer passou pela minha cabeça, fazer algo na área, inclusive ser fotógrafa. Mas isso porque eu tinha crenças dentro de mim, de que isso não dava dinheiro (mas graças a Deus essa crença já foi quebrada). 
Resolvi então fazer a lição de casa e pesquisar sobre o mercado de fotografia, e quanto mais eu pesquisava mais meu coração me dizia que eu deveria segui-lo. Fotografias sempre mexeram comigo, eu amava ver as fotos/álbuns de família, quando era criança, depois mais tarde, já como coach, eu passava horas e horas buscando a imagem perfeita em bancos de imagens para o meus posts, e eu amava aquilo, muitas vezes até me questionava: “como eu perdi tanto tempo vendo imagens, para um post?”, acredite eu realmente perdia muito tempo com isso, e amava. No entanto, eu não conseguia tomar a decisão e comprar uma câmera, porque eu estava realmente com medo de investir mais um carro de luxo em uma nova profissão. 
E se não der certo de novo? Eu estava paralisada.
Até que meu marido um certo dia, vendo toda a minha agonia, me falou o seguinte: “compra a câmera, se der certo deu, se não der você vende e pronto” . 
E eu pensei: “ Não é que ele está certo?”, com o coaching eu não tinha como vender todo o conhecimento que havia adquirido, mas a câmera eu podia. 
Foi aí que decidi comprar minha bebê, ops, câmera 
no dia 14 de agosto de 2019. Não demorou muito e já comecei a fazer alguns cursos e estudar bastante sobre o assunto, e logo que fiz minhas primeiras fotos, descobri o quanto eu amo não só fotografar, mas também as fotografias e o que elas representam.
A fotografia me encontrou quando eu estava me encontrando. Ela se tornou a minha maneira de expressar visualmente o mundo que eu vivo e acredito. A fotografia me ajudou a ser obrigada a sair de casa, pois com o coaching, por muitos anos fiquei trancada em casa literalmente. A fotografia também tem me ajudado a ter uma nova visão do mundo, como por exemplo, que com ela você nunca vai esquecer um momento que você capturou em fotos e principalmente que ela é uma herança muito importante para as famílias. Acredito também que com a fotografia eu nunca irei me entediar, porque sempre há algo para aprender e experimentar. Sempre há uma nova lente, uma nova técnica... 
E para finalizar quero deixar a seguinte reflexão: saiba que o mundo está em constante mudança, assim como eu e você, então faça questão de ter mudanças em sua vida, de deixar o passado ir embora, de deixar o novo entrar. Queira sempre inovar, se reinventar e se libertar de tudo o que já não deve permanecer.
Aceite que é preciso deixar algumas coisas para trás para poder andar para frente. É extremamente importante essa transição, esse desapego para que o universo permita que energias boas, renovadas, façam parte de sua vida.
E você já fez alguma grande mudança em sua carreira? Me conta ai nos comentários! :)
